Monday, April 04, 2011

Vitória que não alivia



Foi, com certeza, a pior semana do ano para o Atleticano. No meio da  semana a derrota, sem qualquer explicação, para o horroroso Grêmio Prudente. O pior, um time morto em campo e sem reação. O Torcedor, impaciente claro, queria e ainda quer um Galo, Forte, Vingador, que aprendemos a conhecer ao longo dos mais de cem anos de nossa história de glórias. Eu, particularmente, que tive o privilégio de comemorar o título de 1971 e acompanhar os times dos anos 70 e 80, não consigo me conformar com o que estou vendo nos últimos tempos.
Muda jogador, treinador, diretoria e tudo fica na mesma. Entre os últimos presidentes, três entre quatro não concluíram seu mandato. Paulo Curi, Nélio Brant e Ziza Valadares são suportaram a pressão, resultados e – principalmente – ao movimento interno de conspiração contra seus mandatos. Só Ricardo Guimarães cumpriu o mandato até o final, ainda assim levando o clube à vexatória passagem pela Segunda-Divisão. Chegou até a anunciar que deixaria o cargo, mas esperou recolocar o Galo no seu lugar antes de concluir seu mandato.
Durante todo esse período, ou seja, quase duas décadas, os resultados pífios e uma oposição que conspirava contra os presidentes, o Galo foi perdendo sua condição de clube forte no cenário esportivo mundial. Essa conspiração não existe agora e disso a diretoria não pode reclamar. Não sei onde aqueles que tanto “sacanearam” o Galo, numa atitude de autofagia, estão atualmente. Seja onde for, pelo menos não estão atrapalhando à distância como fizeram no passado. Aqueles “pitacos” sumiram.
Voltando ao momento atual: o que comemoramos na atual gestão? O tútulo minero de 2010, entregue pelas mãos do teimoso Adilson Batista, que escalou um time misto na partida semifinal, colocando o Ipatinga naquela decisão. “Mamão com açúcar”, plagiando o legendário Dadá.
Depois da vergonha em Presidente Prudente, que desmascarou o time que imaginávamos ser digno da tradição Atleticana, as confusões tiveram continuidade. No sábado, véspera de jogo pelo campeonato mineiro, foram dispensados sem justificativa que convença Ricardinho e Zé Luis. A diretoria promete contar tudo no início da semana. Que explique mesmo, pois ambos jogam muito mais que vários que insistentemente estão sendo mantidos no time.
Até que isso aconteça, estamos no campo das especulações. Numa delas dá conta de que na reunião de sábado, promovida para “sacudir” o time, Ricardinho teria reagido ao esculacho que vinha tomando conta do encontro, no que foi seguido pelo Zé Luis. A outra versão que circula é que os dois jogadores teriam procurado o treinador para reclamar da escalação de alguns jogadores, destacadamente o Ricardo “Dueno” ou “Doendo”, como queiram, no time, fato que teria irritado o comandante e culminou nessa nova crise interna. Depois do Neymar é o Bueno? Sem comentário!
Seja uma, outra, ou qualquer que seja, a verdade é que o torcedor está ficando de “saco cheio”. Falo em meu nome pessoal, mas seguro que grande parte da massa pensa assim. A paciência está no limite. Dorival tem o crédito de ter salvado o time ano passado, mas agora é o responsável pelo que estamos assistindo.
Eu, Eduardo de Ávila, orgulhosamente Atleticano, vou e sempre fui a todos os jogos. Seja domingo, sábado, quarta, quinta e até na terça como já aconteceu, sempre estou lá. Jogos como mandante, claro, e isso já acontece fazem anos. Mesmo com Belo Horizonte sem estádios, numa “borrada” coletiva de diretores e autoridades, estou presente nos jogos do Galo. Exceção nos poucos realizados em Ipatinga. Já em Sete Lagoas, estive em todos. As duas últimas partidas que não pude assistir, foram a vitória sobre a Ponte Preta – em agosto de 2005 – e empate em dois gols com o time da Enseada das Garças, em fevereiro de 2006.
Reação Imediata Galo!
PS 1) Apesar do crédito que ainda tem, o Renan Ribeiro voltou a falhar no gol do Democrata. Salvo melhor juízo, este foi o terceiro gol que tomamos por ele soltar a bola nos pés do atacante adversário. O famoso “rebote” fatal.
PS 2) Para não perder a oportunidade. Ganhamos, mas o juiz e bandeirinha, como sempre errando contar o Galo. Num único lance o banderinha marcou impedimento inexistente e ainda aconteceu uma penalidade não marcada pelo árbitro. Dois erros terríveis. Vale dizer que o juiz foi o mesmo que em 26 de fevereiro anulou um gol legitimo do América de Teófilo Otoni, tirando uma vitória sobre o time da Enseada e validou um deste mesmo clube, em posição duvidosa, na partida com o América. Essa vem sendo a tônica das arbitragens no Brasil e, especialmente, em Minas Gerais.
 
 
Canto do Galo - Eduardo de Ávila, Jornalista e Advogado.Tesoureiro-Geral da AMCE - Associação Mineira dos Cronistas Esportivos; Secretário do CEPPO - Centro de Cronistas Políticos e Parlamentares de Minas Gerais; Presidente da ADFAMIC - Associação dos Diplomados pela Faculdade de Direito Milton Campos. Fale com ele: eduardodeavila@oi.com.br

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